Definir o conceito de smart city se faz tão importante quanto sua elaboração prática. Seu conceito engloba a aplicação de tecnologia da informação e comunicação (TIC) com o intuito de melhorar a qualidade de vida de seus habitantes, para desenvolver suas frentes económicas, sociais e sustentáveis. Uma “cidade inteligente” permite que seus habitantes interajam de maneira adaptável às suas necessidades de forma eficiente, buscando soluções para os efeitos desenfreados do crescimento urbano através de uma infraestrutura inteligente. As TIC também atuam na melhoria da gestão de infraestrutura e serviços da cidade. 

Com a rápida urbanização do país e um crescimento populacional inevitável, a exterioridade das cidades mudará rapidamente, sendo necessário a movimentação de recursos financeiros e naturais, ademais de ajustes na economia local e nacional. Ajustes também deverão ser feitos na questão energética, ambiental e análises de big data. 

De acordo com o Mapping Smart Citites in the EU (2014), uma cidade é considerada inteligente se tiver alguma iniciativa que aborde os seguintes temas: 

• Smart Enviroment: promove um entorno urbano sustentável (gestão de resíduos, energia, água e meio ambiente no geral) 
• Smart Mobility: envolve uma cidade conectada e acessível (transporte, estacionamentos, acessibilidade e tráfego) 
• Smart Governance: tenta uma administração tecnológica, aberta, transparente e com participação da população (transparência política, participação, administração digital, planificação estratégica e informações) 
• Smart Economy: promove a inovação de atividades de desenvolvimento económico da cidade (turismo, comércio, negócios, empresas digitais, inovações, emprego e empreendimento e consumo) 
• Smart People: proporciona uma cidadania colaborativa e inovadora (colaboração cidadã e inclusão digital) 
• Smart Living: melhoramento da qualidade de vida dos cidadãos (saúde, educação, pautas sociais, cultura e segurança)  

A oferta do sector de smart cities demanda uma ampla escala de atores, devido à alta valorização do mercado e seu grande âmbito temático, produzindo uma relação entre os sectores públicos e privados. Alguns dos atores são empresas de infraestrutura e rede de comunicações, start-ups, empresas de plataformas de integração tecnológica, além dos próprios agentes profissionais da cidade. 

A demanda deste mesmo sector proporcionada pelo crescimento urbano propicia um marco no rendimento dos municípios, fazendo com que os mesmos possam estruturar suas finanças e gestão para sustentar os projetos. Algumas smart cities marroquinas a serem citadas são Casablanca Smart City, Tanger Smart City, Marrakesh Smart City, Taghzaout Bay, Bengerir Smart Health City, Rabat Smart and Sustainnable City e El Jadida. 

As oportunidades de mercado no Marrocos neste campo são muitas. As crescentes população e economia criam uma maior demanda e infraestrutura, e outros serviços, além de criar um cenário favorável para as empresas que ali operam, já que o governo local apoia esse tipo de desenvolvimento. As oportunidades que mais se destacam neste negócio são o transporte, água, meio ambiente, energia, segurança e saúde, o que também dão uma vantagem às empresas estrangeiras, já que não há muitos atores locais. 

Assim sendo, o governo do Marrocos aprovou uma gama de políticas e incentivos para promover o desenvolvimento das smart cities, além de oferecer incentivos fiscais e financeiros, que incluem isenção fiscal para as empresas que investem em infraestrutura e serviços e financiamentos a longo prazo para os projetos das cidades inteligentes.