Curadoria da exposição “TRAVESSA DA ERMIDA A SUL”

Alberto Carneiro; Albuquerque Mendes; Alexandra Corte-Real; Ana Pérez-Quiroga; Ângela Ferreira; Bela Silva; Daniel Blaufuks; Eduardo Nery; Gabriela Albergaria; João Louro; João Maria Gusmão + Pedro Paiva; João Ribeiro; João Noutel; Julião Sarmento; Luís Paulo Costa; Madalena éme; Manuel Caeiro; Miguel Palma; Nuno Maya & Carole Purnelle; Régis Perray; Rita Barros; Rui Toscano; Rui Chafes ; Sandro Resende; e Susanne Themlitz.

Centro de Artes de Sines, 2016

A Travessa da Ermida apresenta-se como uma importante plataforma cultural onde a Arte Contemporânea, o Design, a Cultura Urbana, a Joalharia de Autor e a Enogastronomia convergem. Um “pleno” difícil de igualar em Portugal e no resto da Europa, pelo menos numa travessa tão pequena como a do Marta Pinto, em Belém, onde se situa a Ermida Nossa Senhora da Conceição, a Enoteca de Belém, a Oficina de Joalharia Alexandra Corte-Real e o painel de azulejos da autoria do estúdio Pedrita.
Ao longo dos últimos oito anos, a Ermida Nossa Senhora da Conceição – monumento setecentista destituído da sua função primordial de culto religioso – tem acolhido exposições dos mais importantes agentes criadores da cena artística portuguesa, proporcionando o diálogo entre artistas, designers, curadores e entidades ligadas ao setor.
Apesar de estar sediada na zona ribeirinha da cidade de Lisboa, a localização geográfica da Travessa da Ermida nunca constituiu um óbice à sua missão de disseminar a Arte Contemporânea portuguesa. Apresenta-se como um espaço dedicado à programação e à circulação das artes e, por isso, sempre que se justificou, o Projecto Travessa da Ermida extravasou os seus limites físicos e levou a arte a outros pontos da cidade e do país, como ao Museu de Arte Popular e ao Museu dos Coches, em Lisboa, ou ao Convento de Cristo, em Tomar. Em 2014, o Projecto Travessa da Ermida teve a sua primeira experiência internacional, marcando presença na Bienal de Arquitetura de Veneza.
A propósito da 19ª edição do Verão Arte Contemporânea, a travessa da Ermida viaja até Sines, o ponto mais a sul a que já se deslocou, para apresentar uma seleção de obras exibidas na Errmida desde 2008, ano da sua fundação. Não se trata de uma mostra retrospetiva, mas antes da apresentação de uma narrativa que coloca em destaque temas e reflexões comuns a alguns dos artistas que ali apresentaram o seu trabalho.A mostra propõe um discurso estruturado em cinco núcleos: DIALÉTICA, INTERIOR, TEMPO, VICENTE e EDIÇÕES.
Um outro capítulo é dedicado às EDIÇÕES publicadas em cada exposição, bem como a outras publicações com chancela TRAVESSA DA ERMIDA, nomeadamente o boletim cultural Efeméride ou o livro de banda desenhada A Ermida, da autoria de RUI LACAS.
No seu conjunto, as obras apresentadas dão uma visão particular daquilo que foi a produção artística contemporânea nacional, através da atividade desenvolvida em torno da TRAVESSA DA ERMIDA.