Nos últimos anos é cada vez mais evidente o reafirmar do compromisso dos países-membros do Conselho de Cooperação do Golfo em diversificar as suas economias face ao petróleo e gás natural, onde se tem desenvolvido infraestruturas em torno de diversos setores, o que possibilita a indústria da construção assumir um papel de protagonismo.
Sameena Ahmad, Diretora-Geral da Alpen Capital (ME) Limited, destaca que este crescimento é impulsionado por uma macroeconomia favorável, uma demografia positiva e um aumento do fluxo turístico. Estes fatores têm levado a investimentos significativos em infraestruturas e projetos urbanos. Além disso, as nações do CCG têm aumentado o orçamento para o setor de construção como parte de suas estratégias nacionais, dando um impulso adicional à indústria.
Este cenário apresenta uma oportunidade única para empresas portuguesas que procuram expandir ou consolidar a sua presença internacional em novos mercados, como uma alternativa atraente e dinâmica.
A região do Golfo, incluindo países como a Arábia Saudita, está a investir fortemente em projetos de construção. Estes investimentos são parte de uma estratégia mais ampla de diversificação económica, que visa reduzir a dependência do petróleo e promover o desenvolvimento de setores como o turismo, habitação e infraestruturas de transporte. Incluindo a construção de cidades inteligentes, estádios, aeroportos e complexos residenciais de luxo. Este ambiente de alto investimento cria uma demanda crescente por expertise e inovação, áreas em que as empresas portuguesas têm se destacado.
Cada vez mais o setor de construção no Golfo está a crescer de forma constante, como se pode evidenciar através da envergadura dos investimentos em projetos de pipelines no valor de 1,37 bilhões de dólares na Arábia Saudita. Este crescimento é impulsionado por iniciativas governamentais e pela necessidade de infraestruturas modernas e eficientes para o desenvolvimento urbano e industrial. Além disso, também é possível destacar a importância das iniciativas governamentais, através de programas como a Visão 2030 da Arábia Saudita, que procuram redirecionar investimentos significativos para a construção e modernização das infraestruturas. Estes planos visam não apenas diversificar as economias, mas também criar empregos e impulsionar o setor privado.
As empresas portuguesas podem capitalizar este crescimento ao oferecer a sua expertise em engenharia, construção sustentável e gestão de projetos. A experiência de Portugal em projetos de infraestrutura pode ser um diferencial competitivo no mercado do Golfo, especialmente em áreas como a construção verde e a eficiência energética. Por conseguinte, as empresas portuguesas são suscetíveis de poderem oferecer materiais de construção de alta qualidade a preços competitivos, ajudando a reduzir a dependência de fornecedores específicos. Além disso, desenvolver e fornecer materiais sustentáveis e inovadores, como produtos reciclados ou ecoeficientes, podem também ajudar a mitigar o impacto da volatilidade dos preços.
As empresas portuguesas de material de construção são conhecidas pela sua qualidade, inovação e capacidade de adaptação. Estas características são altamente valorizadas no Golfo, onde a exigência por padrões elevados é uma constante. Além disso, a experiência de Portugal em projetos de renovação urbana e sustentabilidade pode ser um diferencial competitivo importante.
Diante do contexto das oportunidades existentes para o setor da construção, irão decorrer no mês de novembro duas grandes feiras no Golfo, a Saudi Build de 4 a 7 de novembro (Arábia Saudita) e a The Big 5 de 26 a 29 de novembro (Emirados Árabes Unidos). Estas feiras representam excelentes plataformas para networking, apresentação de produtos e serviços, e para estabelecer parcerias estratégicas na região.
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